O município de Capão Bonito foi formado inicialmente por bandeirantes que passavam pela região explorando o ouro por volta de 1.720. Devido a sua localização geográfica (rota sul-sudeste), fez parte também da rota (tropeira) sendo fortemente influenciado por essas culturas e por outras que vieram para o município.
Estima-se hoje uma população de aproximadamente 47.000 habitantes, sendo que cerca de 36.400 moram na zona urbana e 10.430 moram na zona rural. Apesar de ter mais de dois terços da população morando na cidade, o município tem uma historia e tradição rural muito forte.
Até a década de 50 o município era considerado eminentemente rural passando a haver êxodo, que continua até os dias de hoje. Essa modificação decorreu da implantação da agroindústria, da pecuária extensiva e na mão de poucos proprietários.
Devido a esse processo de migração, os moradores da zona rural enfrentam a dificuldade de se manterem no local de origem, por não ter assistência técnica adequada para o trabalho com pequenas propriedades e pela baixa remuneração que conseguem com a venda dos seus produtos. Toda esta situação econômica e social acaba levando a um sentimento de desvalorização mais amplo da vida do campo e de tudo que está ligado a ela, trazendo prejuízos para a identidade pessoal e coletiva, e para a preservação das tradições, costumes e festas locais.
Essa situação acaba gerando uma desvalorização das culturas tradicionais antigas, aliado a um desejo de buscar uma vida melhor na cidade, os jovens, mesmo morando na zona rural, são influenciadas pelas novas manifestações culturais, de outras regiões ou paises, podendo isso, levar a extinção das culturas antigas locais.
Havia muitos grupos de Fandango de Tamanco
Estas razões levaram o grupo de Fandango de Tamanco Cuitelo que sofre no seu dia, a dia a desvalorização e o preconceito com a dança a construir o Projeto "Viva Fandango".
O grupo resolveu realizar este projeto, pois não há nenhum documento ou histórico da dança de fandango de tamanco nas secretarias de cultura de Capão Bonito e Ribeirão Grande, ficando assim crianças e jovens sem conhecimento especifico desta dança.
Por essas rações o grupo decidiu reivindicar o direito em si próprio, de manter sua identidade cultural, tomando em suas mãos o destino, passando de mero participante desse processo de transformação do mundo para protagonista de sua historia, organizando-se e buscando transformações físicas e comportamentais em seus membros e nos bairros.
Tivemos o prazer de conhecer o magnífico trabalho desenvolvido por vocês e gostariamos de entrar em contato para futuras apresentações de seu grupo em nossa cidade.
ResponderExcluirPor gentileza, nosso email pra contato é cult.pen@hotmail.com;
Antecipadamente agradecemos.
Secretaria Municipal de Cultura de Penápolis
Muito interessante este festejo popular, folclórico... Mais importyante ainda por mostrar o uso de tamancos e meias, como antigamente era costume entre populações mais pobres do Norte do Brasil.
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